segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Aproveitem o chocolate

É fato que a procura por chocolate é muito maior que a quantidade de cacau cultivada no planeta. E se isso continuar, não é preciso ser gênio para afirmar que o mundo por trás das barrinhas deliciosas que compramos está em crise, e é séria.

Mas quais os motivos dessa crise?

1- A planta não cresce em qualquer lugar, apenas em regiões quentes do mundo (entre os 10 graus de latitude ao norte e ao sul da linha do Equador)
 2- Apesar de países como o Brasil e México também plantarem cacau, as três nações (Costa do Marfim, Gana e Indonésia) que lideram a produção sofrem com guerras-civis e desastres naturais

3-  Além de problemas externos à plantação de cacau em si, há os agravantes estruturais: o solo da África está empobrecido e os trabalhadores das fazendas recebem muito pouco por cada barra de chocolate vendido em outros países.
 4- O cultivo de cacau é difícil e não compensa por tão pouco salário: as árvores eventualmente morrem e, para escapar das pragas que matam as árvores, é preciso mudar-se para outra área de floresta, plantar novos cacaueiros e esperar cinco anos até que frutifiquem. Devastação á vista.
 5- Os filhos dos trabalhadores das fazendas de cacau estão desestimulados a seguir a profissão dos pais e têm mudado continuamente para as cidades em busca de melhores empregos e condições de vida. Quem fica, acaba por mudar de ramo e cultivar plantas mais rentáveis, como a palma, utilizada para fabricação de biocombustíveis.
 6- O número de apreciadores de chocolate está crescendo, devido à expansão de mercado para países onde tradicionalmente não se consome chocolate: Índia e China

Como lidar com tudo isso e evitar a extinção total do chocolate?
1- Desenvolver geneticamente cacaueiros capazes de crescer em regiões frias
 2- Extinguir os Indianos e Chineses
2- Pagar melhor aos produtores de cacau
É possível “salvar” o chocolate, mas isso vai encarecer o seu preço até ele voltar a ser uma iguaria como era na época do descobrimento da América: Era para poucos, a preço de ouro.

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